Eventos no Luxemburgo, e outros temas de interesse tais como o FCP... de tudo um pouco se trata neste arrabalde. A palavra burgo ingressou na nossa língua no final do século XI, com o significado de subúrbio ou arrabalde... para mim começou a ter significado em agosto de 2006, mas não significa que seja um burgo de luxo.
sábado, 2 de janeiro de 2010
Álbum de homenagem a Ary dos Santos "Rua da Saudade", 2009
De linho te vesti
De nardos te enfeitei
Amor que nunca vi
Mas sei
Sei dos teus olhos acesos na noite
Sinais de bem despertar
Sei dos teus braços abertos a todos
Que morrem devagar
Sei meu amor inventado que um dia
Teu corpo pode acender
Uma fogueira de sol e de fúria
Que nos verá nascer
Irei beber em ti
O vinho que pisei
O fel do que sofri e dei
Dei do meu corpo chicote de força
Rasei meus olhos com água
Dei do meu sangue uma espada de raiva
E uma lança de mágoa
Dei do meu sonho uma corda de insónias
Cravei meus braços com setas
Descobri rosas, alarguei cidades
E construí poetas
E nunca te encontrei
Na estrada do que fiz
Amor que não logrei
Mas quis
Sei meu amor inventado que um dia
Teu corpo há-de acender
Uma fogueira de sol e de fúria
Que nos verá nascer
Então:
Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos,
Nem pedras, nem facas, nem fomes, nem secas,
Nem feras, nem ferros, nem farpas, nem farsas,
Nem forcas, nem cardos, nem dardos, nem terras,
Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos,
Nem pedras, nem facas, nem fomes, nem secas,
Nem terras, nem ferros, nem farpas, nem farsas
Nem MAL
Letra: José Carlos Ary dos Santos
Música: Nuno Nazareth Fernandes
Originalmente cantada por Hugo Maia Loureiro, no Festival RTP da Canção, em 1970; aqui numa versão de Susana Félix (uma das melhores versões que já ouvi), para o álbum de homenagem a Ary dos Santos "Rua da Saudade", 2009
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