subimos a torre Eiffel
devagar no elevador
suave no toque lento
da tua voz suave
devagar nas escadas
calmas no eco lento
dos teus dedos calmos
subimos a torre eiffel
subimos e encontramo-nos
na certeza
paris espraia-se no mundo
todo vive cresce estende-se
na superfície toda do mundo
que vive e corre nas ruas
nas estradas debaixo de
nós dentro das nossas veias
no nosso coração a bombear
luz e paris na noite tão
distante
subimos
devagar uma brisa
nos teus cabelos nas minhas mãos
devagar uma brisa
na tua pele nas minhas mãos
subimos
paris é a sombra imensa
de nós
*José Luís Peixoto – A Criança em Ruínas, Quasi
p.62 – subimos a torre Eiffel
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