Eventos no Luxemburgo, e outros temas de interesse tais como o FCP... de tudo um pouco se trata neste arrabalde. A palavra burgo ingressou na nossa língua no final do século XI, com o significado de subúrbio ou arrabalde... para mim começou a ter significado em agosto de 2006, mas não significa que seja um burgo de luxo.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Filmes vistos no Luxemburgo - Top provisório de 2009
1. Ice Age 3 - 55.300 espectadores
2. Harry Potter 6 - 37.700
3. Slumdog Millionaire - 30.500
4. 2012 - 29.500
5. Up - 28.300
6. Avatar - 27.500
7. Inglourious Basterds - 26.700
8. Twilight 2 - 24.800
9. Angels & Demons - 22.000
10. Hangover - 20.900
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Resumo Musical de 2009 - 25 músicas
in blitz.aeiou.pt
Quer um resumo do ano em cinco minutos? Veja o "video mashup" pop de 2009
DJ Earworm: é este o nome do responsável por encaixar 25 canções pop que chegaram ao topo da tabela norte-americana em 2009 num vídeo intitulado "United State of Pop". "Boom Boom Pow" dos Black Eyed Peas e "Just Dance" de Lady GaGa são apenas alguns dos temas.
No Final do Ano... Festa é com a Latina
Entre em 2010 com a sua Rádio Latina
A Rádio Latina e a discoteca Fever, uniram-se para lhe oferecer a melhor passagem de ano do Luxemburgo!
A partir das 22h até de manhã divirta-se ao som dos Dj's Tom e Don Vic e comece 2010 da melhor maneira!
Entrada 20€ com oferta de uma taça de champanhe.
Esta grande festa será transmitida em directo a partir das 22h!segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Esperança, algo que temos sempre de contagiar os outros
Olho-o com esperança e procuro contagiar outros. Temos de perder o medo.
in Entrevista: Tolentino Mendonça: "O cristianismo, graças a Deus, venceu a tentação de declarar inimigos"
por Maria João Avillez, Publicado em 26 de Dezembro de 2009
domingo, 27 de dezembro de 2009
3 dias e meio de descanso ou como diram os francófonos
e este Sofá Atlantis que faz parte do espólio dos Móveis Graça também estar na minha salita, não?
sábado, 26 de dezembro de 2009
Concurso: Vá ver um jogo da NBA na casa dos San Antonio Spurs
Gostaria de ir a San Antonio ver um jogo dos Spurs antes do play-off de 2010? Então é aceitar o desafio lançado este Natal por Tony Parker no seu site onde o base e a mulher, Eva Longoria, recriam uma das primeiras canções do filme “Grease”, com John Travolta e Olívia Newton-John, o musical preferido da famosa actriz de "Donas de Casa Desesperadas".
Um momento em play-back que incluiu outros jogadores, staff e cheerleaders dos Spurs. Com farta cabeleira Tony surge no papel de Danny Zuko e Eva, loiríssima, no de Sandy Olsson. O melhor vídeo ganha a ida ao Texas. Parker desafia ainda Steve Nash e a mulher a entrarem na corrida.
Veja aqui as condições do concurso e o vídeo com o momento em play-back.... confesso que é divertidissimo...
Concours
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Homília ... D. José Policarpo sublinha importância do "amor fraterno" e lamenta "perda da verdadeira alegria"
""As expressões da fé vivida que mais tocam os corações são a sua celebração pela comunidade crente e o amor fraterno. É por isso que a liturgia é, na sua verdade mais profunda, anúncio da salvação e meio para a missão evangelizadora da Igreja", disse D. José Policarpo na homilia da noite de Natal, na Sé Patriarcal.
Intitulada “a liturgia é anúncio da Salvação”, a homilia do cardeal patriarca incidiu também sobre a missão prioritária da Igreja Católica, o anúncio da “salvação definitivamente realizada em Jesus Cristo”.
"Fá-lo de muitos modos, mas o mais eficaz é o testemunho da vida, a fé traduzida em experiência de salvação. É a densidade do testemunho que dá autenticidade à palavra", acrescentou D. José da Cruz Policarpo, alertando que a época natalícia, mais do que uma festa cristã, deverá ser encarada pelos crentes como a expressão dos valores e anseios da família, como a paz, a convivência, a partilha de dons e a dimensão da vida.
No final da homilia, o cardeal patriarca criticou "a perda do sentido da verdadeira alegria" e a respectiva procura através dos "caminhos frenéticos de excitação", na busca de prazeres, de interesses e na fruição dos bens materiais.
"Acolhamos a mensagem desta celebração, empenhando-nos nela e faremos, talvez, a experiência de uma alegria, que sendo humana não se reduz a nenhuma realidade deste mundo. Talvez percebamos de novo o que queremos dizer uns aos outros quando nos saudamos, desejando ‘Bom Natal’, ‘Santo Natal’", concluiu D. José Policarpo."
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Ai e tal que é Natal
O que fazer no Luxemburgo #024 - semana 52 & 53 de 2009
Associação Cultural: do IMAGINÁRIO
Especial TSF:
Vinte vozes femininas soam nos cantos do Imaginário de Natal, em Évora. Além do CD, gravado no ano passado, a TSF registou, por estes dias, alguns desses cantos da tradição natalícia.
O director artístico Gil Nave foi o elo de ligação para a reportagem levada a cabo pelo jornalista Manuel Vilas Boas, com captação e sonoplastia de Mésicles Hélin.
A Associação Cultural do Imaginário foi criada há 5 anos, em Évora, e reúne 20 mulheres dos quatro cantos do país.
A Associação desenvolve actividades na área do teatro, gigantones de rua, concertos em coretos e igrejas, e faz investigação de cantos da tradição musical portuguesa tendo como inspiradores Michel Giacometti e Fernando Lopes-Graça.
Para quem quiser saber mais, contactos:
266704383
962667914
email: doimaginario@doimaginario.org
http://www.doimaginario.org/
http://doimaginario.blogspot.com/
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Luxemburgo coberto por um manto branco...
Presente de Natal Alentejano
- É sim, em que posso ajudá-lo
- Queria fazer quexa do mê vizinho Maneli. Ele esconde droga dentro dos troncos da madeira pra larera.
- Tomámos nota. Muito obrigado por nos ter avisado.
No dia seguinte os guardas da GNR estavam em casa do Manel.
Procuraram o sítio onde ele guardava a lenha, e usando machados abriram ao meio todos os toros que lá havia, mas não encontraram droga nenhuma. Praguejaram e foram-se embora.
Logo de seguida toca o telefone em casa do Manel.
-Oh Maneli, já aí foram os tipos da GNR?
- Já.
- E racharam-te a lenha toda?
- Sim!
- Então feliz Natal, amigo! Esse foi o mê presente deste ano!
domingo, 20 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
O que fazer no Luxemburgo #023 - semana 51 & 52 de 2009
Agenda Cultural
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
O que fazer no Luxemburgo #022 - semana 51 & 52 de 2009
O Palhaço
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço.
Mário Crespo
in Jornal de Notícias, 14.12.2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Crónica luxemburguesa: Lasauvage - a história da mulher selvagem
Leia na integra a história da mulher selvagem.
Esta história (Geschicht) perde-se na noite dos tempos, quando a localidade (Uertschaft) de Differdange (Déifferdeng) ainda era pouco (wéineg) povoada e que os homens (d’Mënschen) ainda nem sequer (mol net) sabiam que a riqueza do minério (Minnett) daquela (vun däer) região iria dar origem à prosperidade e à riqueza (Räichtum) de todo um país (Land) .
Não muito longe dali (net wäit eweg vun do) , o bosque (de Bësch) luxuriante chamado o "Groussebësch" (grande bosque) nutriu a imaginação do povo (Vollek) trazendo à luz uma lenda (Seechen) que acabou por dar o nome à aldeia (Duerf) da qual hoje aqui (hei) vamos falar – Lasauvage (Zowaasch) . O vale que corre paralelo à fronteira (Grenz) francesa foi unicamente (nëmmen) povoado por volta (ëm) do século XVII e a razão (Ursaach) desse povoamento tardio teve seguramente (ganz bestëmmt) origem na história que, durante séculos (Joerhonnerter) , por ali correu. Dizia-se que naquele vale (Dall) , num buraco (Lach) de um penedo negro e enorme, o penedo de La Cronnière, vivia uma mulher (Fra) selvagem (wëll) que só se alimentava de carne (Fleesch) crua (réi) . A sua cabeleira espessa e comprida (laang) , tão comprida que lhe chegava aos pés (Féiss) e se lhe enrolava à volta do corpo (Kierper) , era o único (war den eentzegen) manto que a cobria. Os olhos (d’Aen) grandes e vermelhos (rout) eram tão grandes que lhe chegavam até (bis) à raiz dos cabelos e brilhavam como se fossem carvões ardentes. Na sua boca (Mond) , enorme, viam-se, não uma (net eng) , mas duas (mee zwou) filas de dentes (Zänn) e a sua voz (Stëmm) profunda (déif) e aguda era como o grito (Kreesch) de uma coruja (Eil) que trespassava o breu da noite – as unhas (d'Neel) espessas (déck) e compridas eram como as garras de uma águia (Adler) .
Quando a mulher selvagem morreu, foi direitinha ao Inferno (Hell) , só que, ao chegar lá, não pôde entrar (eragoen) porque pensaram que se tratava de um animal e que ali não era sítio (Plaz) para ele. Assim, viu-se obrigada (gezwongen) a voltar para a Terra (Äerd) e os habitantes (Awunner) daquela região nunca mais (nie méi) encontraram sossego (Rou) porque o seu espírito (Geescht) errava por ali, noites inteiras, a gritar (jäitzen) desesperadamente.
Passaram uns anos até que um ermita, muito piedoso (fromm), que habitava no bosque (Bësch), conseguiu expulsar o espírito da mulher selvagem para muito longe, lá, para além dos mares. E fê-lo invocando S. Donato e Nossa Senhora do Luxemburgo (Muttergottes vu Lëtzebuerg) . A partir daí (vun do un) , instalou-se a paz (Fridden) naquele "vale da mulher selvagem" começando, a pouco e pouco (lues a lues) , a ser povoado. Ainda hoje (nach haut) se podem ver gravadas no penedo de "La Cronnière" as imagens de S. Donato e de N.S. do Luxemburgo, assinalando assim a "milagrosa invocação".
Foi em 1623 que, no local onde (wou) hoje (haut) se encontra o edifício da escola primária (Primärschoul) , um habitante de Longwy (Lonkesch) instalou um alto forno (héich Uewen) e uma forja (Schmëdd) . Mais tarde (méi spéit) , foram construídos dois outros (zwee aner) altos-fornos e Lasauvage é considerada como a primeira forja, ou a primeira fábrica de ferro do país. Funcionou durante (während) 250 anos, mas, em 1877, a concorrência de outros altos-fornos mais modernos construídos na região, e que utilizavam uma outra (eng aner) qualidade de minério, acabou pour ditar o fim (den Enn) da era industrial daquele vale.
O conde (de Grof) Saintignon, de origem francesa, proprietário da fábrica nos finais do século XIX, princípios do século XX, não querendo deixar morrer Lasauvage, continuou a extrair o minério e, pensando poder ali encontrar (fannen) minas de carvão (Kuel) , mandou fazer algumas (verschidden) foragens. Só que, o que encontrou, foi apenas (et wor nëmmen) água mineral. Não se querendo deixar dar por vencido, lançou um projecto de termas e iniciou a construção de um luxuoso hotel termal. Mas, esse sonho (Dram) não foi avante e as termas nunca chegaram a funcionar. No entanto, ainda hoje se pode ver o "esboço" do que deveria ter sido esse hotel, isto é (dat heescht) , o actual café "Balcon".
Mas a extracção do minério tornou-se rentável e, a tal ponto, que era Lasauvage que fornecia as fábricas de Differdange e de Saulnes (em França).
Durante a Primeira Guerra Mundial (den éischte Weltkrich), o conde de Saintignon recusando-se a fornecer minério à fábrica de Differdange, então ocupada pelos alemães, decidiu encerrar (zoumaachen) as minas e a despedir (entloossen) todos os operários. A partir daí, a localidade perdeu toda a actividade mineira. A sua situação geográfica e os caminhos (Weër) de acesso tornam-na mais próxima (méi no) do território francês do que da cidade vizinha de Differdange, razão pela qual os habitantes só falavam francês (e não luxemburguês) e iam à missa e ao mercado (Maart) , não a Differdange, mas a França.
Uma outra (eng aner) curiosidade é o facto de o cemitério (Kierfecht) se encontrar em território francês, o que, até 1980, impunha a presença de um funcionário (Beamten) francês nos funerais (Begriefnesser) dos habitantes desta pequena povoação luxemburguesa.
Foi igualmente em Lasauvage que o governo (Regierung) luxemburguês mandou reforçar a casa onde residia o responsável da mina, transformando-a em casemata para, em caso (am Fall) de ataque aéreo alemão, poder servir de refúgio à Grã-Duquesa.
A igreja (d’Kierch) , de estilo neogótico, foi mandada construir em 1893 pelo conde de Saintignon e tem por modelo a Santa Capela de Paris. A igreja, cujos materiais são da região (os blocos de pedra são os restos de um alto-forno que ali existia e a madeira provém das matas circundantes), foi consagrada a S. João Batista. Lasauvage pertence à comuna de Differdange, localidade que está geminada com a cidade portuguesa de Chaves.
O "vale da mulher selvagem" é um sítio a descobrir (eng Plaz fir ze entdecken) !
Maria Januário
Foto: Comuna de Differdange
(Rubrica de civilização, cultura e língua luxemburguesas, publicada na segunda e na quarta semana de cada mês; Próxima publicação: 23 de Dezembro)
Portugueses do Luxemburgo são "exemplares" e não "invisíveis", diz investigadora Anne Schiltz
Leia aqui na integra: Portugueses do Luxemburgo são "exemplares" e não "invisíveis", diz investigadora Anne Schiltz
Luxemburgo: APL organizam cursos de línguas e informática
Os cursos estão divididos em vários níveis: principiantes, falsos principiantes e grau intermédio. As aulas vão ser ministrados nas cidades do Luxemburgo e em Esch/Alzette.
As inscrições podem ser feitas na secretaria da associação, pelo tel: 26 56 16 92 (ou através do email: cflh.asbl@gmail.com).
domingo, 6 de dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
Não percam . . . Director do MUDAM na Latina: Domingo 6, entre as 14h00 e as 15h00
Grande Informação - Passez donc nous voir
O nosso convidado do programa “Passez donc nous voir” deste Domingo é Enrico Lunghi. O Director do Museu de Arte Moderna Grão-Duque Jean, posto que assumiu em Janeiro deste ano, tem vindo a desenvolver um conjunto de actividades destinadas a dinamizar um dos mais emblemáticos museus de arte contemporânea e moderna da Europa. Não perca a conversa com Enrico Lunghi, sobre o seu percurso e as novidades do MUDAM para 2010. “Passez donc nous voir”, Domingo, entre as 14h00 e as 15h00.
O que fazer no Luxemburgo #021 - semana 50 & 51 de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Reinserção dos estrangeiros no Luemburgo
Luxemburgo: CLAE organiza debates sobre reinserção dos estrangeiros
Mais informações podem ser obtidas pelo tel. 29 86 86-1, por correio electrónico anita.helpiquet@clae.lu ou no portal www.clae.lu, na internet.As grandes mudanças do Tratado de Lisboa
Para ler no na integra neste link.
Reino Unido, Irlanda e Dinamarca reforçam as cláusulas de isenção
As grandes mudanças do Tratado de Lisboa
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Exemplo a seguir... ? de forma temporária apenas?
Zapatero vai reduzir dia de trabalho em Espanha
Pedro Duarte
02/12/09 19:45
O primeiro-ministro espanhol anunciou hoje que vai tomar medidas para promover a criação de emprego, incluindo a redução do dia de trabalho.
“Para nos adaptarmos à situação económica actual, são necessárias mudanças para aumentar a flexibilidade nas negociações salariais e promover a redução do dia de trabalho como um ajuste temporário”, afirmou hoje José Zapatero em declarações ao Parlamento espanhol.
O chefe do Governo de Madrid disse também que as reformas do mercado laboral vão incluir acções para ajudar a diminuir o emprego temporário.
Actualmente, Espanha tem uma semana de trabalho de 40 horas, divididas em oito horas por dia.
As medidas de reforma laboral de Zapatero foram anunciadas no dia em que foi conhecido que o número de desempregados registados em Espanha aumentou para 3,87 milhões em Novembro, o valor mais elevado desde 1997.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
FC Porto sai da falência técnica
A SAD dos dragões reforçou os capitais próprios para 46,1 milhões, passando a cumprir o artigo 35º do Código das sociedades comerciais.
O FC Porto saiu na falência técnica no final do primeiro trimestre da época. Em nota enviada à CMVM, a SAD dos Dragões informa que "reforçou os capitais próprios em 23,5 milhões, atingindo em 30 de Setembro de 2009 o valor global de 46,1 milhões".
Desta forma, o clube volta a estar em cumprimento do artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais, que implica que os capitais próprios do clube têm de ser superiores a metade do capital social. No caso da SAD portista isto significa a necessidade de capitais próprios na ordem dos 37,5 milhões de euros.
Neste trimestre, o clube adianta que atingiu um lucro de 23,5 milhões, um crescimento de 245% face ao resultado de 6,8 milhões obtido em igual período da época anterior. Os resultados operacionais excluindo transacções de jogadores atingiram os 14,5 milhões, um acréscimo de 2,7 milhões de euros.
O clube refere ainda que diminuiu o passivo em 4,4 milhões de euros, para um total de 156 milhões.
De recordar que também o Benfica e o Sporting se encontram em situação de falência técnica. A SAD encarnada informou recentemente que vai aumentar o capital em 40 milhões de euros, através da incorporação na SAD da Benfica Estádio.
A operação será feita "através da entrada em espécie de parte das acções detidas na Benfica Estádio e posterior fusão entre as duas sociedades" e é uma das medidas a "encetar como forma de cumprir com o disposto no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais".
Na sessão de hoje, as acções do Porto perderam 2,26% para 1,30 euros, com 600 títulos negociados.
Já começou o WinterLights 2009
Le festival « Winterlights », organisé par la Ville de Luxembourg et le Luxembourg City Tourist Office, propose une multitude d'événements, de concerts, d'expositions et de spectacles du 27 novembre au 24 décembre 2009 inclus. Ce site vous permet de retrouver tous les détails concernant les diverses manifestations tels les marchés de noël à la Place d'Armes et à la Place de Paris, le Cortège Saint Nicolas et la Christmas Parade et de nombreuses nouveautés.
Cette année, la Ville de Luxembourg met tout particulièrement l'accent sur le respect de l'environnement. Ainsi, l'éclairage qui illumine la ville pendant la période de Noël est pour la première fois constituée entièrement d'ampoules à basse consommation d'énergie. La consommation électrique sera ainsi réduite de 97%, soit de 400 MWh, ce qui correspond à la consommation annuelle de 90 ménages.
Sur invitation de la Ville de Luxembourg, les forains se sont organisés de manière à pouvoir servir les boissons et la majorité des nourritures dans des matériaux réutilisables, notamment en verre ou en porcelaine. Tous ces récipients sont consignés ou en carton recyclé ou en amidon comestible.
Comme les années précédentes, cette édition du festival « Winterlights » offrira certainement une multitude d'activités et de spectacles pour plaire à tous les goûts et aux personnes de tout âge.
domingo, 29 de novembro de 2009
Acabei de ler. . .
Then We came to the End
Sinopses
Amazon.com Review
From Publishers Weekly
Starred Review. In this wildly funny debut from former ad man Ferris, a group of copywriters and designers at a Chicago ad agency face layoffs at the end of the '90s boom. Indignation rises over the rightful owner of a particularly coveted chair ("We felt deceived"). Gonzo e-mailer Tom Mota quotes Walt Whitman and Ralph Waldo Emerson in the midst of his tirades, desperately trying to retain a shred of integrity at a job that requires a ruthless attention to what will make people buy things. Jealousy toward the aloof and "inscrutable" middle manager Joe Pope spins out of control. Copywriter Chris Yop secretly returns to the office after he's laid off to prove his worth. Rumors that supervisor Lynn Mason has breast cancer inspire blood lust, remorse, compassion. Ferris has the downward-spiraling office down cold, and his use of the narrative "we" brilliantly conveys the collective fear, pettiness, idiocy and also humanity of high-level office drones as anxiety rises to a fever pitch. Only once does Ferris shift from the first person plural (for an extended fugue on Lynn's realization that she may be ill), and the perspective feels natural throughout. At once delightfully freakish and entirely credible, Ferris's cast makes a real impression. (Mar.)Copyright © Reed Business Information, a division of Reed Elsevier Inc. All rights reserved.
Leia na integra a entrevista ao Embaixador de Portugal no Luxemburgo - Jornal Contactom
Embaixador de Portugal no Luxemburgo:"A comunidade portuguesa tem de ser mais ambiciosa"
A criação de uma escola portuguesa no Luxemburgo assustou as autoridades luxemburguesas e o projecto do Grupo Lusófona ficou em águas de bacalhau. Quem o diz é o embaixador de Portugal no Grão-Ducado. Um ano depois de chegar ao Luxemburgo, José Pessanha Viegas tem outros problemas entre mãos. A crise deixou 10 % dos portugueses no desemprego, que representam 32% do total de desempregados no país, e há muitos em situação precária. A baixa qualificação dos portugueses é outra das dores de cabeça do diplomata, para quem a comunidade portuguesa tem de ser "mais ambiciosa".
CONTACTO: Um ano depois de ter chegado ao Luxemburgo, que retrato faz da comunidade portuguesa?
Embaixador de Portugal no Luxemburgo: O retrato é positivo, com algumas nuances. É uma comunidade que tem duas vagas sucessivas, uma nos anos sessenta, outra mais recente. Curiosamente, é a vaga mais antiga que me dá mais preocupações. Estive hoje [N.d.R: a entrevista ao CONTACTO foi na quinta-feira da semana passada] com o ministro do Emprego e da Imigração, Nicolas Schmit, e fiquei a saber que 32 por cento do total de desempregados são portugueses, o que representa 10 % da população activa portuguesa. São pessoas que ainda não têm idade para a reforma e que estão em situação precária. São empregados pouco qualificados, e a crise no sector da construção afectou-os particularmente. O problema é que não dominam o francês escrito e nem sequer passam nos testes de admissão para poderem receber formação. A comunidade portuguesa funciona ainda muito em circuito fechado, e o Português é a língua utilizada no trabalho e na família. Uma possibilidade que discuti com o ministro Nicolas Schmit seria fazer testes orais de admissão. A outra é dar formação em português, com a colaboração do instituto de formação profissional equivalente em Portugal.
CONTACTO: É um projecto que foi proposto pelo sindicato OGB-L há mais de um ano. O que é que falta para pôr esta ideia em prática?
Embaixador: O ministro do Emprego mostrou uma grande abertura para esta possibilidade. Há que desenvolver os contactos com o IEFP (Instituto de Emprego e de Formação Profissional). Mas deixe-me dizer-lhe, ainda sobre a comunidade portuguesa, que é uma comunidade muito trabalhadora e muito integrada, por quem tenho muito apreço, mas que ainda tem alguns problemas de integração, sobretudo no ensino, por causa da barreira da língua.
CONTACTO: Apesar de o Ministério da Educação luxemburguês defender o ensino integrado da língua materna, continua a haver problemas para organizar os cursos de Português. Em Medernach, onde os cursos integrados foram suprimidos arbitrariamente há alguns anos e substituídos por aulas de Alemão, ainda este ano a escola propôs que as aulas de Português fossem dadas na cantina. Não há aqui um abismo entre o discurso oficial e a prática?
Embaixador: Julgo que não há nenhuma má intenção por parte do Ministério da Educação. Como sabe, as autarquias gozam de grande autonomia no ensino primário em relação ao Ministério da Educação. Penso que há um problema de coordenação entre a administração central e a local. São situações que herdámos e que temos de resolver. Posso garantir-lhe que é uma situação que vamos discutir com a ministra da Educação, com quem temos uma reunião dia 7 de Dezembro.
ESCOLA PORTUGUESA "ASSUSTOU" AUTORIDADES
CONTACTO: Em que fase está a criação de uma escola portuguesa no Luxemburgo? Foi uma proposta do Grupo Lusófona feita há mais de um ano que nunca mais teve resposta.
Embaixador: Foi um dos temas abordados [com a ministra da Educação]. Disse-me que não tinham acolhido essa iniciativa com bons olhos. O próprio Grão-Duque falou-me nisso quando fui apresentar credenciais, há um ano. Veja que este assunto chegou ao mais alto nível. Eu penso que [o projecto não foi bem recebido] devido à própria dimensão da comunidade portuguesa e do esforço de integração desta comunidade no ensino oficial, e dou-lhes razão: a via para a integração da comunidade portuguesa passa pela língua, sem perder as suas raízes ou a sua cultura.
CONTACTO: Mas não há aí desde logo discriminação em relação a outras escolas privadas em língua estrangeira que já existem no Luxemburgo?
Embaixador: Há o Liceu Francês e a Escola Internacional, mas não se esqueça que o Francês é uma das línguas oficiais do país.
CONTACTO: Mas há também uma escola holandesa e até já houve um colégio japonês, ambos subsidiados pelo Estado luxemburguês. A lei prevê a criação e o apoio de escolas internacionais privadas, não é ilegal recusar uma escola portuguesa?
Embaixador: Penso que não houve abertura oficial das autoridades, porque a resposta foi negativa e porque se assustaram com a dimensão da comunidade portuguesa. É um problema de que nunca mais se voltou a falar. O próprio secretário de Estado das Comunidades Portuguesas não voltou a abordar o assunto, e estou em crer que a própria Lusófona desistiu da ideia – pelo menos nunca mais abordaram essa questão.
CONTACTO: O CONTACTO soube esta semana que o Ministério da Educação luxemburguês recusa dar equivalência aos estudos secundários efectuados em Portugal. O que é que a Embaixada de Portugal está a fazer para resolver este assunto?
Embaixador: Não é só no ensino secundário, há também problemas de reconhecimento de equivalências no ensino superior. É uma das questões que vai ser discutida com a ministra da Educação luxemburguesa no dia 7 de Dezembro. Posso admitir que haja diferenças entre os sistemas de ensino dos dois países, mas não percebo que haja dificuldades de equivalência. Mas devo dizer que o relacionamento com a ministra da Educação é muito bom. Estou em crer que há aí um problema de interpretação de documentos que temos de ver se esclarecemos.
"O LUXEMBURGO
FUNCIONA BEM DEMAIS"
CONTACTO: Portugal e o Luxemburgo dizem sempre ter óptimas relações, juram amor eterno, mas depois há barreiras enormes à integração dos imigrantes portugueses.
Embaixador: Amor há, não é é eterno [risos]. O problema no Luxemburgo é que é um país que funciona muito bem, funciona até bem demais. Há muitas regras: o Luxemburgo tem uma organização impecável, é extremamente bem organizado, mas talvez essas regras sejam excessivamente rígidas, e essa rigidez pode dificultar a resolução dos problemas. Mas a nível superior encontrei a maior abertura por parte dos responsáveis e dos ministros. Sobre o problema do desemprego dos portugueses, já falei com o ministro das Finanças, Luc Frieden, com o ministro Claude Wiseler, ministro do Ordenamento do Território – que é casado com Isabel Wiseler, de origem portuguesa –, e hoje com o ministro do Emprego, Nicolas Schmit, e encontrei sempre a maior abertura. Evidentemente que é um país com uma mentalidade diferente, porque há regras e elas têm de ser respeitadas. Mas a comunidade portuguesa também tem de se ajudar a si própria. Não é normal que uma comunidade que representa sensivelmente 16 % da população tenha tão poucos quadros, tão poucos médicos e tão poucos políticos: só há um deputado luso-descendente, o Félix Braz. A comunidade portuguesa tem de ser mais ambiciosa, mas é um passo que só pode ser dado pela segunda geração, que já fala as línguas do país.
CONTACTO: Um ano depois de ter chegado ao Luxemburgo, uma das críticas que lhe fazem é a falta de visibilidade. Não o vemos.
Embaixador: Acho que as pessoas fazem confusão com as funções de um embaixador. Que me perdoem se não vou aos bailaricos, mas a função do embaixador é zelar pelos interesses da comunidade junto das autoridades, e representar as autoridades portuguesas no Luxemburgo. Posso assegurar-lhe que estou a trabalhar.
CONTACTO: Os imigrantes portugueses sentem-se o parente pobre em Portugal e no estrangeiro: há vários problemas que nunca chegam a ser resolvidos.
Embaixador: As várias comunidade s têm sempre a ideia de que são um parente pobre. Já em Toronto, onde fui cônsul, e onde há uma comunidade portuguesa muito maior, queixavam-se do mesmo. Mas posso garantir-lhe que as autoridades portuguesas acompanham os problemas da comunidade portuguesa no Luxemburgo e que Lisboa está ao corrente de tudo o que se passa. A comunidade portuguesa no Luxemburgo é uma das comunidades de eleição do secretário de Estado das Comunidades. No 10 de Junho, na impossibilidade de vir cá o secretário de Estado do Comércio, o secretário de Estado das Comunidades decidiu vir ele próprio pelo apreço que tem pela comunidade. E considero até que a comunidade portuguesa no Luxemburgo está beneficiada: tem um Serviço de Ensino, um Centro Cultural, uma Embaixada, um Consulado.
CONTACTO: Que está sem cônsul de sde Agosto e que tem problemas de pessoal.
Embaixador: O novo cônsul cheg a na sexta-feira e está a decorrer um concurso para recrutamento de pessoal. O Consulado Geral foi muito bem montado pela Dra. Cristina Almeida, mas não é fácil atender 200 pessoas por dia.
NOVAS INSTALAÇÕES DO INSTITUTO CAMÕES À ESPERA DE DINHEIRO
CONTACTO: Uma das críticas feitas ao Instituto Camões é a falta de v isibilidade. Há um ano, foi anunciado que o Estado português pensava arrendar o espaço no rés-do-chão do prédio onde está. O contrato já foi assinado?
Embaixador: O problema são as dificuldades financeiras e orçamentais. O ministro dos Negócios Estrangeiros está muito interessado nisso, mas estamos dependentes do orçamento do próprio Instituto Camões, e como sabe, Portugal debate-se com alguns problemas orçamentais. Mas de acordo com as intenções do Ministério dos Negócios Estrangeiros, queremos reforçar a presença cultural de Portugal no Luxemburgo, e dar também um salto qualitativo no sentido de se fazerem menos iniciativas mas com mais impacto, mais visibilidade. Já tenho luz verde para organizar um festival de cinema português, em princípio em Março do próximo ano, no cinema Utopia. Já há festivais de cinema espanhol, italiano, não percebo porque é que nunca se fez um festival português.
CONTACTO: Disse na segunda-feira passada, durante uma visita à ass ociação Amizade Portugal-Luxemburgo, que a comunidade portuguesa está numa encruzilhada. O que é que falta para conseguir a integração plena desta comunidade?
Embaixador: Falta formação escolar, ousadia e ambição. Os portugueses que cá estão têm de acreditar neles próprios, acreditar que podem ocupar mais cargos importantes, tanto profissionais como políticos. E isso passa por uma maior integração, sem perder as raízes. Uma forma de o alcançar é a dupla nacionalidade. É de todo o interesse dos portugueses adquirirem a dupla nacionalidade, porque lhes dá acesso desde logo à Função Pública.
Paula Telo Alves
Crónica luxemburguesa - Jornal Contacto
Crónica luxemburguesa: Há festa na aldeia! ('t ass Kiirmes am Duerf)
As típicas salsichas grelhadas (que já não podem ser denominadas "Thüringer", porque as "verdadeiras Thüringer" vêm da região alemã da Turingia e só ali é que esse nome lhes pode ser dado), são o petisco ideal para acompanhar a cervejinha da praxe numa verdadeira festa luxemburguesa Foto: Serge Waldbillig
Vamos, pois, tentar perceber (probéieren ze verstoen) qual é a origem de todas (vun all) essas festas (deene Fester) pelo Luxemburgo fora, em que de Norte (Norden) a Sul (Süden) e de Este (Osten) a Oeste (Westen), as bandas de música percorrem as ruas (ginn duerch d’Stroossen) tocando a marcha dos carneiros (Hämmelsmarsch*) uma melodia tradicional e de circunstância e onde (a wou) no largo da igreja uns pequenos carrosséis e umas barraquinhas com jogos (mat Spiller) fazem (maachen) a alegria (d’Freed) das criancinhas (kleng Kanner; Kënnercher) . Outros stands com (mat) as típicas salsichas grelhadas (gegrillt) (que já não podem ser denominadas "Thüringer", porque (well) as "verdadeiras Thüringer" vêm da região (kommen aus der Regioun) alemã da Turingia e que só ali (an dat nëmmen do) é que esse nome lhes pode ser dado), são o petisco ideal para acompanhar a cervejinha (Béierchen) da praxe.
Pois bem, o termo "Kiirmes" tem origem nas palavras Kierch (igreja) e Mass (missa). Trata-se, pois, de uma tradição de cariz religioso que tem por origem o dia (den Dag) em que as igrejas foram consagradas e colocadas sob a protecção de um santo (helleg) . Obviamente (natiirlech) , esse acontecimento (Ereegnes) foi definido como dia de festa, tendo daí (vun do) surgido o costume de festejar essa consagração no Domingo (Sonndeg) a seguir (nom) ao dia do santo padroeiro. Assim, a localidade cuja igreja foi consagrada a S.João tem a sua festa no Domingo a seguir ao dia de S. João (Gehaansdag) e a aldeia cuja igreja está sob a protecção de S. Martinho, tem a sua "Kiirmes" no Domingo a seguir ao dia de S. Martinho (Mäertesdag) . No decorrer dos tempos (am Laf vun der Zäit) esta tradição religiosa foi-se perdendo a pouco e pouco (lues a lues) e o que, no início, era a festa da "Missa da Igreja" tornou-se numa festa que nada tem a ver (déi guer näischt ze dinn huet) com a sua origem religiosa.
Aliás (iwregens) , a nossa palavra "quermesse" tem exactamente (huet genau) a mesma origem, neste caso (an dësem Fall), vinda das palavras flamengas "Kerk" (igreja) e "Mis" (missa). Tal (esou) como a maior parte (ewéi déi meescht) das tradições que se confundem emocionalmente com as próprias pessoas, esta tradição da "Kiirmes" atravessou o Atlântico com (mat) os 70.000 luxemburgueses (Lëtzebuerger), (um quinto da população do Grão-Ducado !) que (déi) , entre (zwëschen) 1870 e 1930, rumaram em direcção aos Estados Unidos (Vereenegt Staaten) em busca de uma vida melhor – tal como nós (esou wéi mir) o fizemos até ao Luxemburgo há 40 anos atrás (viru véierzeg Joer) .
As dificuldades (d’Schwiergkeeten) de adaptação à vida num outro continente, as privações e as saudades do país (Land), fizeram, durante (während) dezenas de anos, renascer lá longe, em terras americanas, esta tão genuína "Kiirmes am Duerf" luxemburguesa. E foi assim que, durante duas ou três (zwou oder dräi) gerações, essas famílias se reuniram para festejar (fir ze feieren) as festas do seu torrão natal. E, até os Jhang (João) luxemburgueses terem passado a chamar-se "John" e os Wilhelm se terem transformado em "William" e que dos Jakob tenham surgido os "Jack", o dia das quermesses de Bascharage (Nidderkäerjeng) , de Wiltz (Woltz), de Koerich (Käerch) ou de Heffingen (Hiefenech) foram sempre celebrados com pompa e circunstância do outro lado (aner Säit) do Atlântico (vum Atlantik) .
Aos descendentes (Nokommen) desses pioneiros luxemburgueses que já não (net méi) falam (schwätzen) a língua (d’Sprooch) dos antepassados, nem conhecem (a net kennen) a maior parte das suas tradições, restam-lhes (bleift hinnen) apenas (nëmmen) as fotografias (d’Fotoen) "dessas festas antigas dos avós (Grousselteren) " e os arquivos históricos dessa imigração onde (wou) podem ler (kënne liesen) que, por exemplo (zum Beispiel) , em Adrian, no estado americano de Minesota, os luxemburgueses de Kehlen (Kielen) celebraram a "Kiirmes" a 24 de Novembro de 1903.
Mas, em Chicago, a "Schueberfouer" continua ainda (nach) a ser festejada pela "Confraria dos Luxemburgueses da América" cuja associação genealógica tem vindo a manter essa tradição que se impôs como uma festa local ligada à festa das colheitas.
(*) Não se sabe ao certo qual é a origem desta melodia, mas parece ser uma reminiscência da música dos carrilhões do palácio do Conde de Mansfeld, situado em Clausen. A história dos carneiros remonta ao século XVII quando, na Schueberfouer, os membros da Confraria de S. Sebastião ganharam um carneiro ao jogo das quilhas. Foi, pois, com alegria que, ao som da música, formaram um cortejo passeando o carneiro pelas ruas da cidade. Ainda hoje a abertura da "Schueberfouer" conta com a presença dos ditos bichinhos que trazem ao pescoço fitas azuis e vermelhas. Nas aldeias, a "Marcha dos carneiros" é simplesmente tocada pela fanfarra que, de porta em porta, vai fazer o peditório. Se o donativo atingir um certo montante, os músicos oferecem uma melodia suplementar, a chamada "Tusch".
Maria Januário
(Rubrica de civilização, cultura e língua luxemburguesas, publicada na segunda e na quarta semana de cada mês; Próxima publicação a 8 de Dezembro)
Crónica luxemburguesa - Jornal Contacto
Crónica luxemburguesa: A pedra do diabo e a donzela do Vale do Moleiro
Assim (esou) , uma lenda do vale do Mosela atravessou os séculos e chegou até (bis) nós para percebermos (verstoen) o porquê (firwat) de umas pedras (Steng) enormes que se encontram espalhadas pela colina (Hiwwel) de Grevenmacher (Gréiwemaacher) ...
Já lá vai muito tempo que, entre (zwëschen) Grevenmacher e Manternach existiu um grande (grouss) bloco monolítico cuja origem, ali (do) , naquele (op däer) sítio (Plaz) , gerou muitas perguntas (Froen) . No decorrer dos anos (Joeren) essa pedra fragmentou-se em vários blocos e com o decorrer do tempo, o sol (d’Sonn) e a chuva (de Reen) , deixaram nelas marcas gravadas, tal como se fossem pegadas de animais (Déieren) . Assim começou a história da pedra do Diabo (Däiwel) ... Pois bem, o maligno ouviu dizer (soen) que em Trier iam construir (bauen) uma (eng) grande torre (Tuerm) , um miradouro, que lhe seria inteiramente (ganz) consagrado. É certo (secher) que, tal facto, só o podia enaltecer. Desejando contribuir pessoalmente (perséinlech) para a dita obra de arte (Konschtwierk) que lhe iam erigir, veio-lhe à ideia levar (matbréngen) para lá uma enorme pedra, que fosse muito bonita (ganz schéin) e que pudesse servir de pedra de fundação desse seu grandioso monumento. Não lhe foi difícil (et wor him net schwéier) encontrar (fannen) a pedra mais bonita que havia – ele sabe tudo (hie weess alles) – e, com ela às costas, lá foi a caminho de Trier (Tréier) . Ao chegar a Grevenmacher, um viajante perguntou-lhe porque transportava carregamento tão pesado. Ao ouvir (héieren) a razão (de Grond) o homem explicou-lhe que o tinham enganado, que o que estavam a começar (ufänken) a construir em Trier não era nenhum (keen) miradouro, nem monumento algum em sua honra, mas sim a catedral daquela cidade (Stad) . Calcule-se como o diabo ficou... Zangado, e cheio de raiva, subiu ao outeiro da cidade, deitou o bloco de pedra ao chão e com um ódio tremendo para com os humanos dançou a noite (d’Nuecht) inteira sobre aquelas "malditas" pedras (Steng) . Assim, eis a razão pela qual, ainda hoje (nach haut) se podem lá ver gravadas as pegadas do diabo...
Em (am) Müllerthal (Mëllerdall = vale do moleiro) a donzela Griselinde vivia no seu castelo (Schlass) em companhia da fada (Fee) "Harmónica" que lhe tinha ensinado não só (net nëmmen) a cantar (sangen) melodias maravilhosas (wonnerschéin) , mas (awer) que também (och) lhe tinha dado um poder mágico: a magia da sua voz (Stëmm) transformava em pedra todos aqueles (all déi) que ficassem indiferentes ao encanto das suas melopeias. Esta era a melhor maneira de encontrar o verdadeiro "príncipe encantado" que mereceria a sua beleza (Schéinheet) e os seus dons excepcionais. Foi assim (et wor esou) , que dezenas de nobres cavaleiros, indiferentes a uma voz tão bela, foram transformados em rochas e penedos, que hoje podemos (kënnen) ver (gesinn) espalhados pelo bosque (Bësch) de Müllerthal! Mas um dia, o cavaleiro de Folkendange ao passar por ali, ficou subjugado com um canto que provinha lá de cima do castelo. E (an) , não resistindo a tão lindo trinado, decidiu trepar por um rochedo para ir ver (fir kucken ze goen) quem entoava melodia tão bela. Só que, coitado (den aarmen) , com a sua armadura e a sua espada (Schwäert) tão pesada (schwéier) , não lhe foi possível (et wor him net méiglech) chegar lá acima – desiquilibrou-se e caiu numa falha profunda (déif) entre dois (zwee) enormes rochedos. Foi então que os gemidos do pobre cavaleiro, moribundo (am Stierwen) , no fundo do abismo, chegaram aos ouvidos da nobre donzela. Ela e os seus súbditos logo acorreram, tentando ver de onde vinham gemidos tão lancinantes. Chegando junto ao precipício e, ao ver o nobre cavaleiro, de quem logo se apaixonou, Grieselinde não conseguiu resistir a tão grande desgosto e sofrimento, vindo a falecer (stierwen) uns (e puer) dias (Deeg) depois (duerno) . E é assim que, desde (zënter) esse (deen) dia (Dag) , e logo que a Primavera (Fréijoer) chega, a donzela Grieselinde volta ao castelo onde (wou) não pôde ser feliz (glécklech) com o seu nobre cavaleiro (Ritter) para ali (do) entoar uma das suas sempre lindas melodias.
Maria Januário
(Rubrica de civilização, cultura e língua luxemburguesas, publicada na segunda e na quarta semana de cada mês na edição papel do jornal CONTACTO)
Crónica luxemburguesa - Jornal Contacto
Crónica luxemburguesa: "Muhlenbach" - as sete fontes do moinho do riacho
No local onde (wou) hoje se encontram as instalações da fábrica de faianças Villeroy & Boch existia um moinho (eng Millen) que acabou por dar (ginn) o nome (Numm) ao bairro que hoje conhecemos (kennen) .
Conta a lenda que a certa altura o caudal do riacho era tão fraco que o moinho estava parado uma grande parte do tempo, ocasionando assim grandes dificuldades ao pobre (aarm) moleiro que ali vivia com a mulher (Fra) , a filha (Duechter) e um aprendiz (Léierjong) .
Maria, filha única (eenzeg) do moleiro, bonita (schéin) e esperta, apaixonou-se pelo jovem moleirinho. Ele, rapaz inteligente e atractivo, a quem chamavam Blondin, concerteza (ganz bestëmmt) devido à sua cabeleira farta e loura, também (och) se apercebeu que a filha do seu mestre (Meeschter) não lhe era nada (guer net) indiferente... Assim, quando ela fez 18 anos (uechtzéng Joer) , Blondin pediu a mão da sua apaixonada ao moleiro. Só que, sem (ouni) outra (eng aner) explicação, o moleiro respondeu-lhe "sem (ouni) água (Wasser) e sem grão (Kär), o moinho pára". O pobre rapaz, embora esperto para o ofício (Beruff) , não entendeu o que o moleiro quis dizer e alguns tempos mais tarde voltou a pedir (froen) a menina (d’Meedchen) em casamento. Mas, a resposta (d’Äntwert) do moleiro de Millebach foi, mais uma vez (nach eng Kéier) , exactamente (genau), a mesma (d’selwecht) , e o pobre Blondin ficou sem saber o que o patrão queria (wollt) dizer (soen) com aquela frase (Saz) .
Se bem que a resposta não desse a entender uma aceitação do pedido de casamento, também não lhe parecia que se tratasse de uma recusa sem apelo. Aliás, como poderia tal acontecer? Era jovem (jonk) , belo, bem feito, honesto (éierlech) , não tinha defeitos de maior, tirando unicamente o facto de ser pobre, tão pobre como o pobre do seu patrão. Ora isso não podia ser uma razão para lhe recusar a mão (d’Hand) da filha. E, além do mais, o mestre-moleiro continuava a depositar-lhe inteira confiança, parecendo mesmo que tinha por ele uma certa afeição. Não encontrando explicação exacta para aquela recusa, decidiu ir consultar uma bruxa (Hex) contando-lhe o que pretendia e explicando a resposta que lhe tinha sido dada.
"Fácil (einfach) , respondeu a bruxa, o que o moleiro quer (wëllt) dizer é que sem água, não há hipótese de fazer mover o moinho nem de ganhar (verdéngen) dinheiro (Suen) para sustentar a família (d’Famill) e, não havendo água, os lavradores (d’Baueren) não trazem nem trigo (de Weess) nem milho (Mais) para moer (muelen) . Se (Wann) tu queres casar (bestueden) com Maria, tens de provar que a podes sustentar e que para isso és capaz de fazer chegar mais água ao riacho que faz funcionar o moinho". Como o rapaz (de Jong) não sabia (wousst net) muito bem (ganz gutt) como resolver a situação, logo a bruxa lhe propôs os serviços de um mágico que o podia (konnt) ajudar (hëllefen) – só era preciso que ele voltasse à meia-noite (Mëtternuecht) com um galo (en Hunn) preto (schwaarz) . E foi assim que o moleirinho lá foi ao encontro marcado. Só que logo se apercebeu que o dito mágico era, nem mais (net méi) nem menos (net manner) , que o diabo (den Däiwel) disfarçado. E, como em todas as histórias, o maligno quis fazer negócio em seu próprio (eegen) proveito. Ao princípio (am Ufank), o rapaz não quis ceder, mas, como estava tão apaixonado pela Maria Moleirinha, acabou por aceitar o que Satanás lhe propunha, isto é (dat heescht) , desviar para ali as águas que os ferreiros de Beaufort (Befert) utilizavam para fabricar as armas (Waffen) dos soldados (Zaldoten) . E (an) foi assim (et wor esou) que lhe prometeu reconhecimento eterno e a consagração do seu (vu sengem) primeiro (éischten) filho. No dia a seguir (duerno) , a água jorrou de sete (siwen) grandes tubos que apareceram a montante do moinho, ficando este logo prontinho a funcionar. A notícia (d’Neiegkeet) correu veloz (schnell) e de toda a parte veio gente carregada de sacos e sacos de cereais (Fruucht) para moer. Mais tarde (méi spéit) , soube-se que em Beaufort já não se faziam armas de qualquer espécie porque o riacho de lá tinha secado.
Quanto ao nosso moleirinho, inteligente como era, não quis de forma alguma manter a promessa feita ao diabo – o amor (d’Léift) que tinha por Maria, esse sim, era eternamente puro e não podia de forma alguma enviar os seus filhos para o Inferno (an d’Häll) . Deste modo, vendo assegurado o futuro (d’Zukunft) da sua amada, decidiu ficar solteiro (Jonggesell) e partiu, contente, para terras longínquas em busca de trabalho (Aarbecht) . E é assim que aquele sítio, ali (do) em Muhlenbach (op der Millebach) passou a chamar-se Sete Fontes (Septfontaines = Siwebueren) . Afinal, o moleirinho foi mais esperto do que o diabo!
Maria Januário
(Rubrica de civilização, cultura e língua luxemburguesas, publicada na segunda e na quarta semana de cada mês na edição papel do jornal CONTACTO)
Novidades em Monte Trigo
Reviravolta épica...
Os resultados da 6ª Jornada foram:
Arraiolense 1 - S.C. Borbense 4
S.C. Arcoense 1 - Estrela V. Novas 4
Oriolenses 0 - Calipolense 0
Bencatelense 1 - Escouralense 0
Monte Trigo 3 - Santiago Maior 2
U. Giesteira 0 - Redondense 0
Sp. Viana Alentejo 3 - Desp. Portel 3
Classificação:
1º - Estrela Vendas Novas - 18
2º - Monte Trigo - 16
3º - S.C. Borbense - 10
4º - Redondense - 9
5º - Sp. Viana Alentejo - 9
6º - Santiago Maior - 9
7º - Oriolenses - 8
8º - Desp. Portel - 8
9º - S.C. Bencatelense - 7
10º - Unidos Giesteira - 7
11º - Escouralense - 7
12º - Calipolense - 6
13º - Arraiolense - 1
14º - S.C. Arcoense - 1
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O que fazer no Luxemburgo #021 - semana 49 & 50 de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
sábado, 21 de novembro de 2009
hoje vamos à ... Feira do Livro de Walferdange 2009
sábado, 21 de Novembro de 2009
Luxemburgo: Literatura e autores infanto-juvenis lusófonos na Feira do Livro de Walferdange, sábado e domingo
A iniciativa pertence à associação Amizade Portugal-Luxemburgo (APL), uma das muitas que participa no evento com dois stands: no hall 1, com livros lusófonos, e no hall 2, com um stand para crianças.
Para animar o stand do hall 2, a APL convidou a escritora de livros para crianças Dulce Rodrigues (autora de obras como "A Aventura do Barry"), o historiador António Nogueira e a ilustradora luxemburguesa Andrée Staar.
A partir das 15h, no sábado e no domingo, Dulce Rodrigues vai convidar crianças e jovens para a uma viagem até ao mundo da matemática e das ciências, a partir de histórias bem conhecidas. A partir das 16h, Andrée Staar vai ler excertos do livro "O Macaco que queria ser gente", obra de Margarida Cachada (autora já falecida), em que assinou as ilustrações. A artista vai ainda ocupar-se de uma oficina de desenho. Nos dois dias, a partir das 17h, António Nogueira vai proceder à leitura de contos de Natal e animações interactivas e artísticas.
A Feira do Livro de Walferdange é um dos mais conceituados certames do género no país. Subordinado este ano ao tema "Natureza e Ambiente", será apresentada nesta edição a antologia "Com pontos verdes e riscos azuis. Textos sobre a Natureza e o Ambiente" ("Gréng getëppelt, blo gesträift. Texter iwwer Natur a Ëmwelt"), na qual participaram 22 autores do Grão-Ducado e da Grande Região. Estes últimos tentaram conceber o futuro do nosso planeta, em textos ora humorísticos, ora críticos e de reflexão.