segunda-feira, 30 de novembro de 2009

FC Porto sai da falência técnica

in economico.sapo.pt

A SAD dos dragões reforçou os capitais próprios para 46,1 milhões, passando a cumprir o artigo 35º do Código das sociedades comerciais.

O FC Porto saiu na falência técnica no final do primeiro trimestre da época. Em nota enviada à CMVM, a SAD dos Dragões informa que "reforçou os capitais próprios em 23,5 milhões, atingindo em 30 de Setembro de 2009 o valor global de 46,1 milhões".

Desta forma, o clube volta a estar em cumprimento do artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais, que implica que os capitais próprios do clube têm de ser superiores a metade do capital social. No caso da SAD portista isto significa a necessidade de capitais próprios na ordem dos 37,5 milhões de euros.

Neste trimestre, o clube adianta que atingiu um lucro de 23,5 milhões, um crescimento de 245% face ao resultado de 6,8 milhões obtido em igual período da época anterior. Os resultados operacionais excluindo transacções de jogadores atingiram os 14,5 milhões, um acréscimo de 2,7 milhões de euros.

O clube refere ainda que diminuiu o passivo em 4,4 milhões de euros, para um total de 156 milhões.

De recordar que também o Benfica e o Sporting se encontram em situação de falência técnica. A SAD encarnada informou recentemente que vai aumentar o capital em 40 milhões de euros, através da incorporação na SAD da Benfica Estádio.

A operação será feita "através da entrada em espécie de parte das acções detidas na Benfica Estádio e posterior fusão entre as duas sociedades" e é uma das medidas a "encetar como forma de cumprir com o disposto no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais".

Na sessão de hoje, as acções do Porto perderam 2,26% para 1,30 euros, com 600 títulos negociados.

Já começou o WinterLights 2009

O Winterligts prolongár-se-á até o dia 24 de Dezembro de 2009, mas vejam o texto transcrito do site oficial.

Le festival « Winterlights », organisé par la Ville de Luxembourg et le Luxembourg City Tourist Office, propose une multitude d'événements, de concerts, d'expositions et de spectacles du 27 novembre au 24 décembre 2009 inclus. Ce site vous permet de retrouver tous les détails concernant les diverses manifestations tels les marchés de noël à la Place d'Armes et à la Place de Paris, le Cortège Saint Nicolas et la Christmas Parade et de nombreuses nouveautés.

Cette année, la Ville de Luxembourg met tout particulièrement l'accent sur le respect de l'environnement. Ainsi, l'éclairage qui illumine la ville pendant la période de Noël est pour la première fois constituée entièrement d'ampoules à basse consommation d'énergie. La consommation électrique sera ainsi réduite de 97%, soit de 400 MWh, ce qui correspond à la consommation annuelle de 90 ménages.

Sur invitation de la Ville de Luxembourg, les forains se sont organisés de manière à pouvoir servir les boissons et la majorité des nourritures dans des matériaux réutilisables, notamment en verre ou en porcelaine. Tous ces récipients sont consignés ou en carton recyclé ou en amidon comestible.

Comme les années précédentes, cette édition du festival « Winterlights » offrira certainement une multitude d'activités et de spectacles pour plaire à tous les goûts et aux personnes de tout âge.

dar sangue não custa!

domingo, 29 de novembro de 2009

Acabei de ler. . .


Then We came to the End

Sinopses

Amazon.com Review

Amazon Best of the Month Spotlight Title, April 2007: It's 2001. The dot-com bubble has burst and rolling layoffs have hit an unnamed Chicago advertising firm sending employees into an escalating siege mentality as their numbers dwindle. As a parade of employees depart, bankers boxes filled with their personal effects, those left behind raid their fallen comrades' offices, sifting through the detritus for the errant desk lamp or Aeron chair. Written with confidence in the tricky-to-pull-off first-person plural, the collective fishbowl perspective of the "we" voice nails the dynamics of cubicle culture--the deadlines, the gossip, the elaborate pranks to break the boredom, the joy of discovering free food in the breakroom. Arch, achingly funny, and surprisingly heartfelt, it's a view of how your work becomes a symbiotic part of your life. A dysfunctional family of misfits forced together and fondly remembered as it falls apart. Praised as "the Catch-22 of the business world" and "The Office meets Kafka," I'm happy to report that Joshua Ferris's brilliant debut lives up to every ounce of pre-publication hype and instantly became one of my favorite books of the year. --Brad Thomas Parsons

From Publishers Weekly

Starred Review. In this wildly funny debut from former ad man Ferris, a group of copywriters and designers at a Chicago ad agency face layoffs at the end of the '90s boom. Indignation rises over the rightful owner of a particularly coveted chair ("We felt deceived"). Gonzo e-mailer Tom Mota quotes Walt Whitman and Ralph Waldo Emerson in the midst of his tirades, desperately trying to retain a shred of integrity at a job that requires a ruthless attention to what will make people buy things. Jealousy toward the aloof and "inscrutable" middle manager Joe Pope spins out of control. Copywriter Chris Yop secretly returns to the office after he's laid off to prove his worth. Rumors that supervisor Lynn Mason has breast cancer inspire blood lust, remorse, compassion. Ferris has the downward-spiraling office down cold, and his use of the narrative "we" brilliantly conveys the collective fear, pettiness, idiocy and also humanity of high-level office drones as anxiety rises to a fever pitch. Only once does Ferris shift from the first person plural (for an extended fugue on Lynn's realization that she may be ill), and the perspective feels natural throughout. At once delightfully freakish and entirely credible, Ferris's cast makes a real impression. (Mar.)
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Leia na integra a entrevista ao Embaixador de Portugal no Luxemburgo - Jornal Contactom

Embaixador de Portugal no Luxemburgo:"A comunidade portuguesa tem de ser mais ambiciosa"

Crónica luxemburguesa - Jornal Contacto

Crónica luxemburguesa: Há festa na aldeia! ('t ass Kiirmes am Duerf)


As típicas salsichas grelhadas (que já não podem ser denominadas "Thüringer", porque as "verdadeiras Thüringer" vêm da região alemã da Turingia e só ali é que esse nome lhes pode ser dado), são o petisco ideal para acompanhar a cervejinha da praxe numa verdadeira festa luxemburguesa Foto: Serge Waldbillig

Embora (obwuel) a tradução literal desta exclamação não seja aquela (dat) que acabo de indicar, no seu teor, ela traduz exactamente essa expressão de alegria (Freed) quando há festa na aldeia. E, como esta palavra (Wuert) "Kiirmes" tem a mesma (huet déi selwecht) consonância que o nosso vocábulo "quermesse", é fácil ('t as einfach) identificar que, quando há quermesse, há festa.

Vamos, pois, tentar perceber (probéieren ze verstoen) qual é a origem de todas (vun all) essas festas (deene Fester) pelo Luxemburgo fora, em que de Norte (Norden) a Sul (Süden) e de Este (Osten) a Oeste (Westen), as bandas de música percorrem as ruas (ginn duerch d’Stroossen) tocando a marcha dos carneiros (Hämmelsmarsch*) uma melodia tradicional e de circunstância e onde (a wou) no largo da igreja uns pequenos carrosséis e umas barraquinhas com jogos (mat Spiller) fazem (maachen) a alegria (d’Freed) das criancinhas (kleng Kanner; Kënnercher) . Outros stands com (mat) as típicas salsichas grelhadas (gegrillt) (que já não podem ser denominadas "Thüringer", porque (well) as "verdadeiras Thüringer" vêm da região (kommen aus der Regioun) alemã da Turingia e que só ali (an dat nëmmen do) é que esse nome lhes pode ser dado), são o petisco ideal para acompanhar a cervejinha (Béierchen) da praxe.

Pois bem, o termo "Kiirmes" tem origem nas palavras Kierch (igreja) e Mass (missa). Trata-se, pois, de uma tradição de cariz religioso que tem por origem o dia (den Dag) em que as igrejas foram consagradas e colocadas sob a protecção de um santo (helleg) . Obviamente (natiirlech) , esse acontecimento (Ereegnes) foi definido como dia de festa, tendo daí (vun do) surgido o costume de festejar essa consagração no Domingo (Sonndeg) a seguir (nom) ao dia do santo padroeiro. Assim, a localidade cuja igreja foi consagrada a S.João tem a sua festa no Domingo a seguir ao dia de S. João (Gehaansdag) e a aldeia cuja igreja está sob a protecção de S. Martinho, tem a sua "Kiirmes" no Domingo a seguir ao dia de S. Martinho (Mäertesdag) . No decorrer dos tempos (am Laf vun der Zäit) esta tradição religiosa foi-se perdendo a pouco e pouco (lues a lues) e o que, no início, era a festa da "Missa da Igreja" tornou-se numa festa que nada tem a ver (déi guer näischt ze dinn huet) com a sua origem religiosa.

Aliás (iwregens) , a nossa palavra "quermesse" tem exactamente (huet genau) a mesma origem, neste caso (an dësem Fall), vinda das palavras flamengas "Kerk" (igreja) e "Mis" (missa). Tal (esou) como a maior parte (ewéi déi meescht) das tradições que se confundem emocionalmente com as próprias pessoas, esta tradição da "Kiirmes" atravessou o Atlântico com (mat) os 70.000 luxemburgueses (Lëtzebuerger), (um quinto da população do Grão-Ducado !) que (déi) , entre (zwëschen) 1870 e 1930, rumaram em direcção aos Estados Unidos (Vereenegt Staaten) em busca de uma vida melhor – tal como nós (esou wéi mir) o fizemos até ao Luxemburgo há 40 anos atrás (viru véierzeg Joer) .

As dificuldades (d’Schwiergkeeten) de adaptação à vida num outro continente, as privações e as saudades do país (Land), fizeram, durante (während) dezenas de anos, renascer lá longe, em terras americanas, esta tão genuína "Kiirmes am Duerf" luxemburguesa. E foi assim que, durante duas ou três (zwou oder dräi) gerações, essas famílias se reuniram para festejar (fir ze feieren) as festas do seu torrão natal. E, até os Jhang (João) luxemburgueses terem passado a chamar-se "John" e os Wilhelm se terem transformado em "William" e que dos Jakob tenham surgido os "Jack", o dia das quermesses de Bascharage (Nidderkäerjeng) , de Wiltz (Woltz), de Koerich (Käerch) ou de Heffingen (Hiefenech) foram sempre celebrados com pompa e circunstância do outro lado (aner Säit) do Atlântico (vum Atlantik) .

Aos descendentes (Nokommen) desses pioneiros luxemburgueses que já não (net méi) falam (schwätzen) a língua (d’Sprooch) dos antepassados, nem conhecem (a net kennen) a maior parte das suas tradições, restam-lhes (bleift hinnen) apenas (nëmmen) as fotografias (d’Fotoen) "dessas festas antigas dos avós (Grousselteren) " e os arquivos históricos dessa imigração onde (wou) podem ler (kënne liesen) que, por exemplo (zum Beispiel) , em Adrian, no estado americano de Minesota, os luxemburgueses de Kehlen (Kielen) celebraram a "Kiirmes" a 24 de Novembro de 1903.

Mas, em Chicago, a "Schueberfouer" continua ainda (nach) a ser festejada pela "Confraria dos Luxemburgueses da América" cuja associação genealógica tem vindo a manter essa tradição que se impôs como uma festa local ligada à festa das colheitas.

(*) Não se sabe ao certo qual é a origem desta melodia, mas parece ser uma reminiscência da música dos carrilhões do palácio do Conde de Mansfeld, situado em Clausen. A história dos carneiros remonta ao século XVII quando, na Schueberfouer, os membros da Confraria de S. Sebastião ganharam um carneiro ao jogo das quilhas. Foi, pois, com alegria que, ao som da música, formaram um cortejo passeando o carneiro pelas ruas da cidade. Ainda hoje a abertura da "Schueberfouer" conta com a presença dos ditos bichinhos que trazem ao pescoço fitas azuis e vermelhas. Nas aldeias, a "Marcha dos carneiros" é simplesmente tocada pela fanfarra que, de porta em porta, vai fazer o peditório. Se o donativo atingir um certo montante, os músicos oferecem uma melodia suplementar, a chamada "Tusch".

Maria Januário

(Rubrica de civilização, cultura e língua luxemburguesas, publicada na segunda e na quarta semana de cada mês; Próxima publicação a 8 de Dezembro)

Crónica luxemburguesa - Jornal Contacto

Crónica luxemburguesa: A pedra do diabo e a donzela do Vale do Moleiro

Em tempos recuados, quando ainda (nach) não havia Internet, nem jogos (Spiller) electrónicos, nem sequer (mol net) electricidade, inventavam-se histórias (Geschichten) e lendas (Seechen) para (fir) alimentar a imaginação dos homens (Mënschen) e até mesmo para justificar certos "mistérios" sobre curiosidades da natureza (Natur) para as quais não havia explicação, nem conhecimentos apropriados que pudessem resolver tais questões (Froen) .

Assim (esou) , uma lenda do vale do Mosela atravessou os séculos e chegou até (bis) nós para percebermos (verstoen) o porquê (firwat) de umas pedras (Steng) enormes que se encontram espalhadas pela colina (Hiwwel) de Grevenmacher (Gréiwemaacher) ...

Já lá vai muito tempo que, entre (zwëschen) Grevenmacher e Manternach existiu um grande (grouss) bloco monolítico cuja origem, ali (do) , naquele (op däer) sítio (Plaz) , gerou muitas perguntas (Froen) . No decorrer dos anos (Joeren) essa pedra fragmentou-se em vários blocos e com o decorrer do tempo, o sol (d’Sonn) e a chuva (de Reen) , deixaram nelas marcas gravadas, tal como se fossem pegadas de animais (Déieren) . Assim começou a história da pedra do Diabo (Däiwel) ... Pois bem, o maligno ouviu dizer (soen) que em Trier iam construir (bauen) uma (eng) grande torre (Tuerm) , um miradouro, que lhe seria inteiramente (ganz) consagrado. É certo (secher) que, tal facto, só o podia enaltecer. Desejando contribuir pessoalmente (perséinlech) para a dita obra de arte (Konschtwierk) que lhe iam erigir, veio-lhe à ideia levar (matbréngen) para lá uma enorme pedra, que fosse muito bonita (ganz schéin) e que pudesse servir de pedra de fundação desse seu grandioso monumento. Não lhe foi difícil (et wor him net schwéier) encontrar (fannen) a pedra mais bonita que havia – ele sabe tudo (hie weess alles) – e, com ela às costas, lá foi a caminho de Trier (Tréier) . Ao chegar a Grevenmacher, um viajante perguntou-lhe porque transportava carregamento tão pesado. Ao ouvir (héieren) a razão (de Grond) o homem explicou-lhe que o tinham enganado, que o que estavam a começar (ufänken) a construir em Trier não era nenhum (keen) miradouro, nem monumento algum em sua honra, mas sim a catedral daquela cidade (Stad) . Calcule-se como o diabo ficou... Zangado, e cheio de raiva, subiu ao outeiro da cidade, deitou o bloco de pedra ao chão e com um ódio tremendo para com os humanos dançou a noite (d’Nuecht) inteira sobre aquelas "malditas" pedras (Steng) . Assim, eis a razão pela qual, ainda hoje (nach haut) se podem lá ver gravadas as pegadas do diabo...

Em (am) Müllerthal (Mëllerdall = vale do moleiro) a donzela Griselinde vivia no seu castelo (Schlass) em companhia da fada (Fee) "Harmónica" que lhe tinha ensinado não só (net nëmmen) a cantar (sangen) melodias maravilhosas (wonnerschéin) , mas (awer) que também (och) lhe tinha dado um poder mágico: a magia da sua voz (Stëmm) transformava em pedra todos aqueles (all déi) que ficassem indiferentes ao encanto das suas melopeias. Esta era a melhor maneira de encontrar o verdadeiro "príncipe encantado" que mereceria a sua beleza (Schéinheet) e os seus dons excepcionais. Foi assim (et wor esou) , que dezenas de nobres cavaleiros, indiferentes a uma voz tão bela, foram transformados em rochas e penedos, que hoje podemos (kënnen) ver (gesinn) espalhados pelo bosque (Bësch) de Müllerthal! Mas um dia, o cavaleiro de Folkendange ao passar por ali, ficou subjugado com um canto que provinha lá de cima do castelo. E (an) , não resistindo a tão lindo trinado, decidiu trepar por um rochedo para ir ver (fir kucken ze goen) quem entoava melodia tão bela. Só que, coitado (den aarmen) , com a sua armadura e a sua espada (Schwäert) tão pesada (schwéier) , não lhe foi possível (et wor him net méiglech) chegar lá acima – desiquilibrou-se e caiu numa falha profunda (déif) entre dois (zwee) enormes rochedos. Foi então que os gemidos do pobre cavaleiro, moribundo (am Stierwen) , no fundo do abismo, chegaram aos ouvidos da nobre donzela. Ela e os seus súbditos logo acorreram, tentando ver de onde vinham gemidos tão lancinantes. Chegando junto ao precipício e, ao ver o nobre cavaleiro, de quem logo se apaixonou, Grieselinde não conseguiu resistir a tão grande desgosto e sofrimento, vindo a falecer (stierwen) uns (e puer) dias (Deeg) depois (duerno) . E é assim que, desde (zënter) esse (deen) dia (Dag) , e logo que a Primavera (Fréijoer) chega, a donzela Grieselinde volta ao castelo onde (wou) não pôde ser feliz (glécklech) com o seu nobre cavaleiro (Ritter) para ali (do) entoar uma das suas sempre lindas melodias.

Maria Januário
(Rubrica de civilização, cultura e língua luxemburguesas, publicada na segunda e na quarta semana de cada mês na edição papel do jornal CONTACTO)

Crónica luxemburguesa - Jornal Contacto

Crónica luxemburguesa: "Muhlenbach" - as sete fontes do moinho do riacho

Quando (Wann) hoje passamos por Muhlenbach (Millebach; Millen = moinho; Baach = riacho) é (ass) difícil (schwéier) imaginar o que foi aquele (deen) vale da capital em tempos mais recuados.

No local onde (wou) hoje se encontram as instalações da fábrica de faianças Villeroy & Boch existia um moinho (eng Millen) que acabou por dar (ginn) o nome (Numm) ao bairro que hoje conhecemos (kennen) .

Conta a lenda que a certa altura o caudal do riacho era tão fraco que o moinho estava parado uma grande parte do tempo, ocasionando assim grandes dificuldades ao pobre (aarm) moleiro que ali vivia com a mulher (Fra) , a filha (Duechter) e um aprendiz (Léierjong) .

Maria, filha única (eenzeg) do moleiro, bonita (schéin) e esperta, apaixonou-se pelo jovem moleirinho. Ele, rapaz inteligente e atractivo, a quem chamavam Blondin, concerteza (ganz bestëmmt) devido à sua cabeleira farta e loura, também (och) se apercebeu que a filha do seu mestre (Meeschter) não lhe era nada (guer net) indiferente... Assim, quando ela fez 18 anos (uechtzéng Joer) , Blondin pediu a mão da sua apaixonada ao moleiro. Só que, sem (ouni) outra (eng aner) explicação, o moleiro respondeu-lhe "sem (ouni) água (Wasser) e sem grão (Kär), o moinho pára". O pobre rapaz, embora esperto para o ofício (Beruff) , não entendeu o que o moleiro quis dizer e alguns tempos mais tarde voltou a pedir (froen) a menina (d’Meedchen) em casamento. Mas, a resposta (d’Äntwert) do moleiro de Millebach foi, mais uma vez (nach eng Kéier) , exactamente (genau), a mesma (d’selwecht) , e o pobre Blondin ficou sem saber o que o patrão queria (wollt) dizer (soen) com aquela frase (Saz) .

Se bem que a resposta não desse a entender uma aceitação do pedido de casamento, também não lhe parecia que se tratasse de uma recusa sem apelo. Aliás, como poderia tal acontecer? Era jovem (jonk) , belo, bem feito, honesto (éierlech) , não tinha defeitos de maior, tirando unicamente o facto de ser pobre, tão pobre como o pobre do seu patrão. Ora isso não podia ser uma razão para lhe recusar a mão (d’Hand) da filha. E, além do mais, o mestre-moleiro continuava a depositar-lhe inteira confiança, parecendo mesmo que tinha por ele uma certa afeição. Não encontrando explicação exacta para aquela recusa, decidiu ir consultar uma bruxa (Hex) contando-lhe o que pretendia e explicando a resposta que lhe tinha sido dada.

"Fácil (einfach) , respondeu a bruxa, o que o moleiro quer (wëllt) dizer é que sem água, não há hipótese de fazer mover o moinho nem de ganhar (verdéngen) dinheiro (Suen) para sustentar a família (d’Famill) e, não havendo água, os lavradores (d’Baueren) não trazem nem trigo (de Weess) nem milho (Mais) para moer (muelen) . Se (Wann) tu queres casar (bestueden) com Maria, tens de provar que a podes sustentar e que para isso és capaz de fazer chegar mais água ao riacho que faz funcionar o moinho". Como o rapaz (de Jong) não sabia (wousst net) muito bem (ganz gutt) como resolver a situação, logo a bruxa lhe propôs os serviços de um mágico que o podia (konnt) ajudar (hëllefen) – só era preciso que ele voltasse à meia-noite (Mëtternuecht) com um galo (en Hunn) preto (schwaarz) . E foi assim que o moleirinho lá foi ao encontro marcado. Só que logo se apercebeu que o dito mágico era, nem mais (net méi) nem menos (net manner) , que o diabo (den Däiwel) disfarçado. E, como em todas as histórias, o maligno quis fazer negócio em seu próprio (eegen) proveito. Ao princípio (am Ufank), o rapaz não quis ceder, mas, como estava tão apaixonado pela Maria Moleirinha, acabou por aceitar o que Satanás lhe propunha, isto é (dat heescht) , desviar para ali as águas que os ferreiros de Beaufort (Befert) utilizavam para fabricar as armas (Waffen) dos soldados (Zaldoten) . E (an) foi assim (et wor esou) que lhe prometeu reconhecimento eterno e a consagração do seu (vu sengem) primeiro (éischten) filho. No dia a seguir (duerno) , a água jorrou de sete (siwen) grandes tubos que apareceram a montante do moinho, ficando este logo prontinho a funcionar. A notícia (d’Neiegkeet) correu veloz (schnell) e de toda a parte veio gente carregada de sacos e sacos de cereais (Fruucht) para moer. Mais tarde (méi spéit) , soube-se que em Beaufort já não se faziam armas de qualquer espécie porque o riacho de lá tinha secado.

Quanto ao nosso moleirinho, inteligente como era, não quis de forma alguma manter a promessa feita ao diabo – o amor (d’Léift) que tinha por Maria, esse sim, era eternamente puro e não podia de forma alguma enviar os seus filhos para o Inferno (an d’Häll) . Deste modo, vendo assegurado o futuro (d’Zukunft) da sua amada, decidiu ficar solteiro (Jonggesell) e partiu, contente, para terras longínquas em busca de trabalho (Aarbecht) . E é assim que aquele sítio, ali (do) em Muhlenbach (op der Millebach) passou a chamar-se Sete Fontes (Septfontaines = Siwebueren) . Afinal, o moleirinho foi mais esperto do que o diabo!

Maria Januário

(Rubrica de civilização, cultura e língua luxemburguesas, publicada na segunda e na quarta semana de cada mês na edição papel do jornal CONTACTO)

The Muppets: Bohemian Rhapsody

Novidades em Monte Trigo

Reviravolta épica...


Os resultados da 6ª Jornada foram:

Arraiolense 1 - S.C. Borbense 4
S.C. Arcoense 1 - Estrela V. Novas 4
Oriolenses 0 - Calipolense 0
Bencatelense 1 - Escouralense 0
Monte Trigo 3 - Santiago Maior 2
U. Giesteira 0 - Redondense 0
Sp. Viana Alentejo 3 - Desp. Portel 3

Classificação:

1º - Estrela Vendas Novas - 18
2º - Monte Trigo - 16
3º - S.C. Borbense - 10
4º - Redondense - 9
5º - Sp. Viana Alentejo - 9
6º - Santiago Maior - 9
7º - Oriolenses - 8
8º - Desp. Portel - 8
9º - S.C. Bencatelense - 7
10º - Unidos Giesteira - 7
11º - Escouralense - 7
12º - Calipolense - 6
13º - Arraiolense - 1
14º - S.C. Arcoense - 1

sábado, 21 de novembro de 2009

hoje vamos à ... Feira do Livro de Walferdange 2009

sábado, 21 de Novembro de 2009

Luxemburgo: Literatura e autores infanto-juvenis lusófonos na Feira do Livro de Walferdange, sábado e domingo

A literatura infanto-juvenil lusófona vai marcar presença na 15a edição da Feira do Livro de Walferdange ("Walfer Bicherdeeg", literalmente "Jornadas do Livro de Walferdange"), que decorre este sábado e domingo, 21 e 22 de Novembro, no Centro Cultural Prince Henri, naquela localidade.

A iniciativa pertence à associação Amizade Portugal-Luxemburgo (APL), uma das muitas que participa no evento com dois stands: no hall 1, com livros lusófonos, e no hall 2, com um stand para crianças.

Para animar o stand do hall 2, a APL convidou a escritora de livros para crianças Dulce Rodrigues (autora de obras como "A Aventura do Barry"), o historiador António Nogueira e a ilustradora luxemburguesa Andrée Staar.

A partir das 15h, no sábado e no domingo, Dulce Rodrigues vai convidar crianças e jovens para a uma viagem até ao mundo da matemática e das ciências, a partir de histórias bem conhecidas. A partir das 16h, Andrée Staar vai ler excertos do livro "O Macaco que queria ser gente", obra de Margarida Cachada (autora já falecida), em que assinou as ilustrações. A artista vai ainda ocupar-se de uma oficina de desenho. Nos dois dias, a partir das 17h, António Nogueira vai proceder à leitura de contos de Natal e animações interactivas e artísticas.

A Feira do Livro de Walferdange é um dos mais conceituados certames do género no país. Subordinado este ano ao tema "Natureza e Ambiente", será apresentada nesta edição a antologia "Com pontos verdes e riscos azuis. Textos sobre a Natureza e o Ambiente" ("Gréng getëppelt, blo gesträift. Texter iwwer Natur a Ëmwelt"), na qual participaram 22 autores do Grão-Ducado e da Grande Região. Estes últimos tentaram conceber o futuro do nosso planeta, em textos ora humorísticos, ora críticos e de reflexão.

Afinal quem é o pilar da Economia... ou será antes da Sociedade?

Qual vacina contra a Gripe A, B, ... M . . . ou a Z

Ainda o tema do Thierry Henry e a sua mão do diabo, para os Irlandases claro


Aniversário da ASTI - Concerto do Coral Alice


Meus caros, a actuação do Coral Alice na festa da ASTI foi um sucesso. As reacções, comentários e os aplausos durante e no final da actuação assim o atestam.

Mais, os convites que nos foram endereçados e que rapidamente preencheram as nossas agendas pessoais foram gratificantes e espero que possamos retribuir tal confiança depositada em nós comparecendo em todas, todas mesmo.

Trata-se também de uma recompensa para nós, elementos do Coral e também para os nossos dois maestros! Um bem haja para ambos.

Para mais informações podem sempre aceder ao blog do semanário português Contacto:

Stress no escritório

Vejam estes vídeos para relaxar e mesmo descomprimir um pouco, mas sobretudo para rir...

AB OfficeStress1_1.wm

AB OfficeStress3_1.wm

AB OfficeStress2_1.wm

AB OfficeStress4_1.wm

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O que fazer no Luxemburgo #020 - semana 48 & 49 de 2009

Agenda Associativa
Bloco Informativo
Agenda Cultural

Nova actuação do Grupo Coral ALICE

Hoje actuamos mais uma vez, desta vez a propósito do aniversário da ASTI.

Vejam o que escreveu o semanário Contacto:

Luxemburgo: ASTI faz hoje 30 anos

"A Associação de Apoio aos Trabalhadores Imigrantes (ASTI) festeja hoje 30 anos. A ASTI foi criada em 18 de Novembro de 1979 e desde então milita a favor dos direitos dos trabalhadores estrangeiros a residir no Grão-Ducado.

Para assinalar a data, a ASTI organiza hoje uma festa, a partir das 19h, na sua sede, em Eich (10-12, rue A. Laval), na cidade do Luxemburgo.

No programa está previsto um discurso do ministro da Imigração Nicolas Schmit sobre "desafios luxemburgueses e portugueses e políticos de Imigração", bem como leituras de personalidades como Jay Schiltz, chefe de redacção da rádio 100.7, Claude Frisoni, director do Centro Cultural da Abadia de Neumünster, e Guy Rewenig, escritor e co-fundador da ASTI.

Haverá ainda interlúdios musicais com o grupo coral português ALICE. "

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Já passamos os 14 000 visitantes . . .

Partilhamos momentos rápidos mas saudáveis e gratificantes na cozinha. Qualquer benefício financeiro que este Blog consiga será integralmente doado à Associação dos Amigos da Ludoteca de Évora

Novidades em Monte Trigo

15 de novembro de 2009

Monte do Trigo fora da taça

domingo, 15 de novembro de 2009

Alguém quer comprar uma Igreja?

Para os potenciais interessados podem adquirir mais informações ao clicar na imagem.

"Mais de 30 anos depois de ter sido desafecta ao culto, uma antiga igreja do Bairro Alto, actualmente licenciada para comércio e serviços, está agora à venda por dois milhões de euros - e já há interessados."

Não percam a oportunidade de adquirir um fantástico imóvel...



Lembrete / Reminder

sábado, 14 de novembro de 2009

E hoje temos... CORAL

Porque a vida não é só futebol, hoje podem sempre comparecer na festa de São Martinho da Alice que inclui, um concerto do Coral ALICE no Moinho em Turpange, Bélgica, tudo a partir das 18h30.

E como não há uma sem duas (!!!), na próxima quarta-feira dia 18, a partir das 21h00 na sede da ASTI, Luxemburgo, a segunda actuação do Coral ALICE.

Porra... porque é que não nos classificamos logo em primeiro lugar desse malfadado grupo onde essa selecção nórdica desgraçada, ou na pior das hipóteses, não nos classificaríamos para o Mundial sequer. Assim não teria de passar por isto: não poder ver os dois jogos do play-off para o Mundial 2010 na África do Sul compenetrado!

A vida não é só futebol, mas de vez em quando podíamos tê-lo em conta não?.. ou ele ter-nos em conta? eu sei lá...

O que fazer no Luxemburgo #019 - semana 47 & 48 de 2009

Agenda Associativa
Bloco Informativo
Agenda Cultural

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Trabalhar até aos 70? Excelente ideia!.... Porra...

in economico.sapo.pt

Carreira

Trabalhar até aos 70? Excelente ideia!

Lucy Kellaway
07/11/09 00:05

Aos 20 anos acreditava que iria reformar-me aos 60. Aos 35 anos sonhava reformar-me mais cedo, eventualmente aos 50 ou por aí perto.

Então, era moda as pessoas anteciparem a reforma, quer porque podiam fazê-lo quer porque os seus empregadores estavam fartos e os convidavam a sair. Agora que cheguei aos 50, percebi que a "meta" se deslocou novamente e que terei de penar - perdão, trabalhar - até aos 70 ou mais anos.

Nas últimas semanas, passaram-me pelas mãos vários relatórios elaborados por economistas, que dizem que a única forma que temos de salvar a economia é trabalhando muitos mais anos. Posso aceitar esta percepção no caso do sector público, mas para os restantes profissionais isso soa-me a mais problemas e dificuldades.

Lindo - Popota ao som dos Buraka Som Sistema

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Histórias do restaurante alentejano Fialho contadas em livro - TSF

Histórias do restaurante alentejano Fialho contadas em livro - TSF

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1411337

A história do restaurante Fialho, em Évora, considerado uma referência da gastronomia portuguesa, é contada pela primeira vez num livro que é apresentado esta quinta-feira na FNAC Colombo e sexta-feira na do Chiado, em Lisboa.

Gabriel Fialho, filho do fundador daquele restaurante, contou à TSF os ensinamentos que o seu pai lhe deu sobre como saber negociar e frisou que as ervas aromáticas do Alentejo contribuem para o sucesso da cozinha daquele restaurante.

O restaurante Fialho recebeu, ao longo dos seus 60 anos de história, muitos famosos, como os reis de Espanha, Mário Soares, Cavaco Silva, Tony Blair e Scolari, sendo actualmente também muito procurado pelos turistas por causa dos vinhos.

O Mundo ainda com muros

S. Martinho 2009 - Festa da Alice

domingo, 8 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

As Mulheres à nascença

Os Homens à nascença

Conférence: Donner, léguer, créer une fondation ? Comment agir ?

Conférence

Donner, léguer, créer une fondation ?

Comment agir ?

Vous souhaitez donner ou léguer une partie de votre patrimoine à une cause qui vous est chère. Comment effectuer ou planifier votre don ?

Quelle sont les nouvelles dispositions prévues par la loi ?

Comment définir votre projet ?

Nous aborderons toutes les questions qu’il convient de se poser dans pareil cas au travers d’exemples concrets.

Deux dates vous sont proposées :

  • Vendredi 4 décembre de 12h00 à 14h00
  • Lundi 14 décembre de 17h00 à 19h00

    Tous les ateliers se tiendront au siège de la Banque de Luxembourg (14, Bd Royal, Luxembourg)
    Inscriptions au : tél 49 924 2205, e-mail invitation@bdl.lu

    Télécharger l'invitation

  • O que fazer no Luxemburgo #018 - semana 46 & 47 de 2009

    Agenda Associativa
    Bloco Informativo
    Agenda Cultural

    Ilhas Canárias - Novembro 2009

    Estadia breve nas Canárias...

    Ainda assim deu para visitar Playa del Inglés, Maspalomas, Meloneras, Mogán e a cidade onde ficamos alojados: Las Palmas. Esta última vale a pena pelo centro histórico e pelas ruas cheias de comércio de "bares".

    Fiz a barba por completo duas vezes numa semana, coisa que não acontecia há mais de 15 anos, comi umas boas tapas espanholas e tomei o último banho na mar do ano 2009.

    Aproveitamos o tempo excepcional que se fez sentir nesta altura do ano: 24 graus, embora nublado, e com uma temperatura da água do mar a rondar também as 24 graus; aproveitamos o bar do hotel e os seus preços de bebidas fora do normal; aproveitamos a piscina do hotel; e alugamos um carro para dar umas voltas pelo sul da ilha.

    Recomendamos sem dúvida:
    • para fazer a barba: na Calle de Portugal, falem com o senhor António
    • para umas boas tapas à espanhola mesmo, nada de coisas para turistas: Bar "El Pedregal" na Calle Pelayo, 5; Peçam o vinho da casa, umas tapas de fígado e um bom queijo curado de cabra;
    • para um arrozito preto com marisco: restaurante Bella Lucía, Paseo de las Canteras, 84;
    • para apanhar sol e molhar o rabito nada como ir a Meloneras de manhã e depois de comer qualquer coisa subir até Mogan (ver foto) e assim evitar as ultra turísticas Playa del Inglés ou Maspalomas


    domingo, 1 de novembro de 2009

    Message in a bottle - Rainy Days 2009 - Festival de musique nouvelle



    Concerts

    Samedi / Samstag / Saturday
    28.11.2009

    20:00

    «Messages»

    Samedi / Samstag / Saturday
    05.12.2009

    Dimanche / Sonntag / Sunday
    06.12.2009

    I Love Music - festeja 10 anos, também no Luxemburgo

    sat.07.11.2009


    CRAZY-DONK
    loudly present

    I LOVE MUSIC .// part.
    10
    the 10 YEARS birthday edition
    10 years I LOVE MUSIC - the very special birthday party on 3 floors at an extraordinary location:
    carré rotondes & exit07 luxembourg-hollerich